Joana: Marta, acorda! Marta, acorda, bolas!
Mal abro os olhos vejo à minha frente a Joana, o Pedro e... O DANIEL!! O DANIEL, meu deus! Não acredito...
Marta: O que é que ele está aqui a fazer?!
Daniel: Vim ter contigo.
Marta: O que é que ele está aqui a fazer, Joana?!
A Joana senta-se na cama, ao meu lado.
Joana: Veio ter contigo, amor. Está com saudades tuas e tal como eu e o Pedro achamos, ele também acha que precisam de falar e resolver as coisas de uma vez por todas.
Marta: Mas eu não tenho nada para falar com ninguém, por isso, se não se importam saiam do meu quarto e deixem-me dormir.
Viro-me para o outro lado, fecho os olhos e faço uma enorme força para não chorar. A Joana pede que saiam os dois do quarto e fica a falar comigo.
Joana: Porque é que fingiste que o Daniel não estava aqui?
Marta: Ainda perguntas? Não consigo olhar para a cara dele.
Joana: Mas porquê, amor? Vocês gostam um do outro, ele veio para estar contigo, aproveitem agora, se faz favor.
Marta: Deixa-me vestir, já vou ter com vocês à sala.
Fico sozinha. Mergulho em pensamentos e afogo-me em lágrimas, nas minhas lágrimas. Nas lágrimas provocadas por este sentimento, por este amor diferente e tão bom ao mesmo tempo. Tento encontrar coragem suficiente para sair destas quatro paredes e olhá-lo nos olhos. Já estou a demorar muito tempo, por isso, a Joana mandou-me uma mensagem a dizer para me despachar, até porque o Daniel já está a entrar em stresse.
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