É verdade, nos últimos dias não te tenho dado notícias. Não que me tenha esquecido de ti, isso é impossível. Tenho tido apenas alguns percalços, sabes, tenho vida para além do meu sofrimento de ti. Não sei o que me passou hoje pela cabeça para ao fim de uns quantos dias te voltar a mandar mensagem. Algo dentro de mim me dizia que seria desta. Assim o fiz... Novamente no comboio, com os fones nos ouvidos e sozinha, enviei-te um "olá". Demoraste tanto tempo a responder que pensei mesmo que teria sido mais uma de tantas mensagens em vão. Quando já tinha tirado da ideia que responderias, o telemóvel vibra. Quando olhei para o ecrã e vi o teu nome, nem queria acreditar. Fiquei sem saber o que fazer... Não sabia se havia de rir ou chorar, passaram-me mil e uma coisas pela cabeça, um misto de sentimentos tão grande... Perguntei se estavas bem, passada quase uma hora dessa mensagem, percebi finalmente que o teu "olá" retribuído não tinha passado de mais uma pequena ilusão transformada em desilusão. Aí sim, tive realmente uma enorme vontade de deixar as lágrimas caírem. Mas fui forte e não deixei, não posso continuar assim por tua causa. Contudo, obrigada pelo sorriso que provocaste e alimentaste. Tu, que não me ligas nenhuma. Tu, que pensei que tivesses crescido com o tempo que passou, e afinal só te tornaste mais um igual a tantos outros rapazes. Tu, que conseguiste ser a minha maior alegria, mas também a minha maior desilusão.
De dia para dia me sinto mais fraca e a desistir. Apesar disso, outro alguém tenta ocupar o teu lugar no meu coração. Se está a conseguir ou não, isso não te vou dizer. Cabe-te a ti, depois de leres isto, provares se me queres ou se posso entregar o teu lugar a outra pessoa. Magoa-me pensar que provavelmente irás apenas passar uma borracha por cima de tudo isto e continuares em frente, sem mim.
Pensa com a cabeça, mas age com o coração!
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