sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rejeitada - Parte I


R E J E I T A D A. É assim mesmo que me sinto. Mais até, sinto-me uma grande e verdadeira M E R D A. Não é só de agora que me sinto assim, já vem de há muito tempo. Mas é precisamente no momento em que ganho um pouco mais de auto-estima que me fazem descer muito fundo e sentir assim novamente. Refiro-me à família, porque de amigos já sei com quem posso contar e com quem não devo sequer preocupar-me. É a minha família que me faz sentir assim. E por mais que tente ser forte, não dá. Não sou de ferro e não escolhi nascer para passar por tanta coisa, por tanta merda. Se pudesse ter escolhido, com certeza não pediria para nascer, ou então nasceria, mas de maneira a que tudo fosse diferente. Também tenho sentimentos, porra! É mau demais quando as pessoas se lembram delas e no que sentem e cagam nos outros. É normal descarregarmos nas pessoas que estão mais perto, mas não é sempre. E comigo é constantemente assim. É quase como se fosse um saco de pancada, "batem" até se fartarem. Porque a dor não é só física, aliás, a dor psicológica acaba mesmo por doer mais que a física. Nem sempre, é verdade, mas quase sempre. E a minha cabeça e o meu coração estão uma grande bagunça. Não me consigo sentir bem comigo própria se ando constantemente nervosa e mal por causa deste clima. Por causa da maneira como me tratam. Fazem-me sentir a pior pessoa do mundo e nem sequer entendem isso. São tantas as vezes em que quero pôr um ponto final na minha vida, só ainda não ganhei coragem para tal. Gostava de a ter, a sério que gostava. Não sei se alguém iria sofrer pela minha partida, na verdade acho que isso iria acontecer com pouca gente. Conto essas pessoas pelos dedos! Mas que alguém se iria sentir muito culpado e arrependido por tudo o que me tem feito, isso tenho a certeza que sim. Não estou a fazer o papel de vítima, de maneira nenhuma. Tenho a perfeita noção que também cometo erros e não sou santa nenhuma, mas andava mais calma. As coisas cá por casa nem andavam mal de todo, até ao momento em que se passam não sei porquê e tudo volta ao mesmo. A Rita é a culpada de tudo, a Rita é isto e aquilo, a Rita faz isto e aquilo. A Rita é tudo e mais alguma coisa, resumindo, é uma G R A N D E  M E R D A. Sim, porque já me disseram isso!

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