sábado, 10 de novembro de 2012
Solidão...
Sabes aquele momento em que te sentes sozinha no meio de uma multidão? É, é esse mesmo o meu momento hoje. Quer dizer, há já uns dias que me sinto assim. E como consequência desta solidão tenho vindo a isolar-me cada vez mais, num mundo só meu, que só eu conheço e que não pretendo dar a conhecer a mais ninguém. Às vezes penso: amanhã é o dia da mudança, mas qual mudança? Acaba por nunca chegar. É quase como se subisse um degrau e descesse imediatamente dois. E custa, custa muito quando te fazem a tão habitual pergunta do "está tudo bem?" e respondes que sim, chorando desalmadamente. Quem me conhece realmente percebe que há algo de errado, basta apenas uma palavra. Ou então nem percebem, ou fingem não perceber. Whatever! Prefiro manter esta máscara do que dar a perceber que a tristeza se apoderou de mim nestes dias. E é irónico esconder o choro, mas no fundo necessitar de alguém que me limpe essas mesmas lágrimas. É irónico ter o coração gelado, mas querer que alguém o aqueça. Há alguém que se sinta como eu?! Espero sinceramente que não, é um dos piores sentimentos que já pude sentir até hoje. É um misto deles: medo, insegurança, tristeza... de tudo isto se faz a solidão. E ninguém percebe que o meu silêncio grita, ninguém percebe que os meus sorrisos são o disfarce das minhas lágrimas, ninguém percebe que o meu coração gela mais e mais de dia para dia... E, quando se lembrarem que existo, não me venham dizer que mudei. Sempre me ensinaram a lembrar de quem nos faz bem e de quem queremos manter por perto, se me deixaram ir, então é porque não faziam intenções disso. Por isso, se forem, façam-me um favor: nunca mais voltem, que eu fico aqui, sozinha com a solidão como companhia.
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