terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um TUDO & um NADA

As lágrimas caem, não param. O sorriso não brilha, escasseia...
Porque estou assim? Porque me sinto como uma carta fora do baralho?
Por TUDO, por NADA...
Quero ter forças para me levantar e lutar, quero ter coragem e determinação, quero ser feliz, sem que ninguém impeça ou interfira!
Pergunto-me tantas vezes o porquê desta vida tão triste e injusta... As respostas? Não tenho, nem sei se algum dia terei...
Sinto-me cada vez mais no fundo... Cada vez mais deslocada da vida, do mundo...
Num momento como este é difícil pensar que tudo vai ficar bem. Sou pessimista, sim! Não quero criar demasiadas expectativas para depois dar uma grande queda e sentir-me ainda pior do que me sinto agora.
Quero uma razão para estar aqui... Uma razão para ser feliz... Uma razão para viver...
Estou farta que me digam para sorrir e acreditar, quando na verdade estou a morrer por dentro. Quando sei que não sou capaz de estar aqui, muito menos acreditar que vou vencer e ser feliz... A FELICIDADE NÃO EXISTE. É uma "coisa inútil" criada na cabeça das pessoas. Daqueles que ainda acreditam no Pai Natal, pois, tal como ele, a felicidade é pura invenção.
São poucos os que conseguem perceber o que realmente se passa comigo. São poucos os que com um simples abraço, ou, um simples sorriso me conseguem deixar mais aliviada.
Sinceramente, o mundo à minha volta já pouco me importa. Tudo se torna (um pouco) relativo.
Só quero ficar no meu quarto, deitada na minha cama, enterrada nos meus pensamentos estúpidos e inúteis! Sim, estúpidos e inúteis.
Por ainda "sonhar" (e "acreditar") que um dia, sim, um dia vou conseguir erguer-me e lutar até alcançar tudo o que sempre quis.
MEROS PENSAMENTOS ESTÚPIDOS E INÚTEIS.
Não passam disso mesmo, ESTÚPIDOS E INÚTEIS.
Quero caminhar... Por caminhos desconhecidos, de mãos dadas com a solidão...
Quero ir longe... Mas sem destino definido...
Caminhar, caminhar, caminhar...
Deixem-me sozinha, deixem-me perder-me e encontrar-me quando eu quiser... Quando achar que é a altura certa, ou, quando achar que é necessário. Agora deixem-me!
Neste momento sou uma CARTA FORA DO BARALHO!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amo-te mãe

Sabes uma coisa, M? Preciso de ti...
Sim, preciso mesmo muito de ti. Porquê? Por tudo e por nada...
Onde está a nossa relação de mãe e filha? Onde está a nossa cumplicidade? O nosso amor? (...)
Onde está tudo o que um dia tivemos?
Já me fizeste tanto mal... e eu a ti. Mas porra, cada vez custa mais... Cada vez custa mais saber que a única coisa que nos une de alguma maneira é o nosso sangue...
Não sou a filha perfeita e que um dia sonhaste ter, desculpa, ninguém é perfeito e quem nunca errou que mande a primeira pedra. Não, não sou a única que fez algo de errado, tu também fizeste! Sim, tantas coisas que já fizeste ou disseste que me magoaram, tantas... eu sei, já fiz e já disse também...
Já tentei tantas vezes mudar tudo e começar do zero. Ser uma nova filha e tu uma nova mãe... E sabes uma das razões porque desisti outras tantas vezes?! Por não me compreenderes... Onde está essa compreensão de mãe? A tua nunca existiu, pelo menos da melhor maneira... Sempre que tento, perco as forças e volto a cair. Só mais uma vez...
Recordo muitas vezes dos bons momentos que já vivemos. São poucos e isso dói, sabes? Os nossos sorrisos, os nossos abraços, os nosso "amo-te", o nosso amor...
Fugiu tudo...
Pergunto-me outras tantas vezes o porquê de seres assim. As respostas não as tenho, só tu as podes dar e não dás...
Um dia ainda terás muito orgulho em mim, tenho (quase) a certeza disso.
A mudança, depende de ti.
Amo-te mãe!