quinta-feira, 26 de abril de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 45


Sandra: Então filho, onde está a Marta?
Daniel: Continua a dormir. E nem vale a pena ires tentar acordá-la. Já está a dormir novamente e tem um mau humor de manhã que ninguém aguenta.
Sandra: Deixa-a descansar, ontem foi um dia muito cansativo para ela. Agora recarrega as energias para mais um longo dia.
Daniel: Oh mãe, mas eu não estou a dizer que não a vou deixar descansar. Sei perfeitamente que ela ontem estava super cansada, vou deixá-la dormir até querer. Quero que se sinta como se estivesse em casa dela.
Sandra: Pronto, não te digo mais nada. Mau feitio!

( Daniel )

Nisto a minha sai da cozinha e eu sento-me à janela a observar o mar. Está um lindo dia de sol, excelente para levar a Marta a conhecer esta bela cidade. Hoje quero fazer-lhe mais uma surpresa, tenho que pensar qual. Tem que ser alguma coisa original, não quero que a Marta pense que não tenho criatividade e originalidade nenhuma. Alguma ideia irá surgir, basta-me uns minutinhos a olhar para o lindo mar de hoje. Espero que não fique muito mais tempo a dormir, quero aproveitar cada minuto com ela, porque quando der por ela os nossos dias de férias juntos estão a chegar ao fim. Coisa que nem eu, nem ela (calculo) queremos. 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 44


Eram quase 4h30 da manhã quando acordei. O Daniel estava a dormir ao meu lado. Fui beber um copo de água e à casa-de-banho, quando cheguei ao quarto fiquei parada a olhar para ele. Tinha de o acordar para nos deitarmos em condições, mas por outro lado não o queria fazer. É um defeito meu não conseguir acordar as pessoas. Ao fim de uns 10 minutos a ganhar coragem para o fazer, ele levantou-se e deu-me um abraço enorme, foi beber água também. Quando chegou já estava deitada, ele deitou-se ao meu lado e aninhou-se em mim. Nunca me senti tão bem como naquele momento. Voltámos a adormecer.

                                                                              ***

Daniel: Bom dia, meu amor!

Abro os olhos, e vejo o Daniel aos beijinhos às minhas bochechas gordas. Volto a enroscar-me na almofada e ele volta a insistir comigo.

Daniel: Acorda princesa, está na horinha.
Marta: Que horas são afinal?
Daniel: 10h30.
Marta: Por amor de Deus, Daniel. É cedo ainda, deixa-me mas é dormir mais um bocado.

Lá levou ele com o meu mau humor matinal. Virei-me para o outro lado e comecei a entrar no sono novamente. Antes de ferrar no sono ainda o senti levantar-se da cama e sair do quarto. Deixei-o ir, quando me levantar peço-lhe desculpa pela maneira como o tratei, apesar de ele saber muito bem que de manhã sou sempre assim.


terça-feira, 24 de abril de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 43


Toco à campainha, o Daniel vem abrir.

Daniel: Pensei que fosses ficar a noite inteira ali.
Marta: Oh Daniel, não sejas parvo, sim?! Nem 15 minutos demorei. Fui só ligar para a Joana, prometi-lhe de manhã.
Daniel: Foi só para a Joana ou há aí algum fofo?
Marta: Daniel! Agora estás a dar para ciumento ou quê?
Daniel: Desculpa... Não gostei que tivesses ficado sozinha. Pareceu que não querias que ouvíssemos a tua conversa ou algo do género. Só reagi assim por isso, não fiques chateada.

Dei-lhe um beijo leve no rosto e fui para a casa-de-banho. Esperou-me na porta até que saísse, fui imediatamente para o quarto, ele foi atrás de mim. Sentou-se na cama, ao meu lado. A minha única reacção foi deitar a cabeça no colo dele. Assim fiquei até adormecer.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 42



Estamos a ir para casa, fiquei um pouco em baixo por causa da conversa com a minha mãe, é inevitável. Vou ligar à Joana, preciso de falar com ela. Acho melhor afastar-me um pouco do Daniel e da mãe, para não perceberem o que se passa.
                                                                                                                                    
Marta: Desculpem, vou ficar por aqui um pouco só para ligar à Joana. Não se importam?
Daniel: Queres ficar aqui sozinha? É isso?
Marta: Sim amor, não me vou demorar.
D. Sandra: Daniel, deixa a rapariga. Não vais morrer se ficares 10 minutos longe dela, além disso está perto de casa e sabe perfeitamente o caminho. Vamos embora, fica à vontade, querida. Até já.
Marta: Obrigada Sandra, já volto para casa.
                                                                                                                           
Seguiram caminho, o Daniel ficou contrariado e fulo por a mãe me ter defendido. Sentei-me à beira-mar e enviei-lhe uma mensagem a dizer que gosto muito dele.
                                                                                                                             
Joana: Olá miúda! Tás boa ou quê? E o Daniel? Está aí contigo?
Marta: Calma, calma. Tanta pergunta de uma só vez. Está tudo bem sim, quer dizer, liguei à minha mãe há pouco e ela começou com as cenas do costume. Já conseguiu pôr-me um pouco em baixo por causa disso. O Daniel foi com a mãe para casa, viemos beber café. E por aí está tudo bem? As coisas com o Pedro como estão?
Joana: Olha amor, as coisas com o Pedro estão melhores que nunca. Ofereceu-me um enorme ramo de rosas, fiquei super feliz. E tu, menina Joana, deixa de dar tanta importância às cenas da tua mãe e trata de aproveitar os dias com o Daniel. Não queiras que me chateie contigo.
Marta: Oh, sabes como sou. É verdade, ele pediu-me em namoro! Não estava à espera, mas ainda bem que tomou a iniciativa, estava a ver que nunca mais. Não te preocupes comigo, eu fico bem. Agora tenho que ir andando para casa. O Daniel não ficou contente por ter ficado para trás sozinha, é melhor ir antes que depois haja festa.
Joana: Sim amor, vai lá. Amanhã peço ao Pedro para lhe ligar para combinarem irmos aí uns diazitos. Já tenho saudades tuas, miúda!
Marta: Também tenho tuas! Vá amor, amanhã diz alguma coisa. Beijinhos.
                                                                                                                       
Desliguei a chamada e comecei a andar para casa. Não consegui evitar que as lágrimas me caíssem. Sinto-me frágil hoje, não que esteja assim tão triste, é daqueles momentos em que apetece chorar sem uma razão concreta. É melhor limpar a cara antes que chegue e eles se apercebam do que se passa. Não quero que estejam com milhares de perguntas ou que pensem que me sinto mal aqui.