terça-feira, 20 de novembro de 2012

STOP !


Estou extremamente cansa que digam que mudei e que não sou a mesma pessoa. Muitos de vocês afastaram-se de mim a uma determinada altura, magoaram-me! Logo, contribuíram para que a minha frieza fosse crescendo um pouco mais, agora têm a lata de me dizer que já não sou querida? Que estou uma pessoa fria, arrogante e distante? Pensem um pouco: se estivessem mais próximos saberiam o turbilhão que a minha vida tem sido ultimamente, perceberiam todas (ou pelo menos metade) das razões pelas quais me tornei assim. Entenderiam as minhas mágoas, a minha revoltam e não viriam de boca cheia julgar-me por ser diferente. Se entraram novas pessoas na minha vida? É claro que sim, não ia fica parada no tempo a chorar pela saudade que me deixaram, a lamentar-me por não vos ter do meu lado. A vida não pára, por isso, eu também não vou parar! Espero sinceramente que mais ninguém me venha contar essa história do "mudaste" e blá blá blá, a minha cabeça está cheia e os ouvidos prestes a rebentar! Mais, agradeço-vos por um dia me terem virado costas, permitiram que aprendesse com os erros, as mágoas e os desgostos. Deram livre trânsito para que novas pessoas se cruzassem no meu caminho. MUITO OBRIGADA!

sábado, 10 de novembro de 2012

Solidão...


Sabes aquele momento em que te sentes sozinha no meio de uma multidão? É, é esse mesmo o meu momento hoje. Quer dizer, há já uns dias que me sinto assim. E como consequência desta solidão tenho vindo a isolar-me cada vez mais, num mundo só meu, que só eu conheço e que não pretendo dar a conhecer a mais ninguém. Às vezes penso: amanhã é o dia da mudança, mas qual mudança? Acaba por nunca chegar. É quase como se subisse um degrau e descesse imediatamente dois. E custa, custa muito quando te fazem a tão habitual pergunta do "está tudo bem?" e respondes que sim, chorando desalmadamente. Quem me conhece realmente percebe que há algo de errado, basta apenas uma palavra. Ou então nem percebem, ou fingem não perceber. Whatever! Prefiro manter esta máscara do que dar a perceber que a tristeza se apoderou de mim nestes dias. E é irónico esconder o choro, mas no fundo necessitar de alguém que me limpe essas mesmas lágrimas. É irónico ter o coração gelado, mas querer que alguém o aqueça. Há alguém que se sinta como eu?! Espero sinceramente que não, é um dos piores sentimentos que já pude sentir até hoje. É um misto deles: medo, insegurança, tristeza... de tudo isto se faz a solidão. E ninguém percebe que o meu silêncio grita, ninguém percebe que os meus sorrisos são o disfarce das minhas lágrimas, ninguém percebe que o meu coração gela mais e mais de dia para dia... E, quando se lembrarem que existo, não me venham dizer que mudei. Sempre me ensinaram a lembrar de quem nos faz bem e de quem queremos manter por perto, se me deixaram ir, então é porque não faziam intenções disso. Por isso, se forem, façam-me um favor: nunca mais voltem, que eu fico aqui, sozinha com a solidão como companhia.

sábado, 3 de novembro de 2012

Rejeitada - Parte III


É triste que as pessoas com quem vivemos não percebam o que se passa dentro de nós, que não percebam que nos magoam de uma maneira tão cruel. São palavras e atitudes! É triste saber que não se é uma pessoa desejada dentro da própria casa. Ser tratada de maneira diferente do outro irmão, ser tratada abaixo de cão. Até porque tratam melhor os animais nesta casa que a mim, que sou uma pessoa, de carne e osso e com sentimentos. Sentimentos tristes e acabados, já não passa disso mesmo. Pergunto-me: como se sentem ao tratar-me assim? Devem sentir-se bem, não mudam isso por mais que os chame à atenção. Nem mesmo quando vêem que me deixam mal. Quando vêem que me farto de chorar e mal durmo por toda esta porcaria que se passa. Sabes o quanto dói ouvir a tua própria mãe chamar-te M E R D A? E o quanto dói ouvires o teu irmão dizer para morreres? Para comprares uma pistola e te matares? Dói bastante, ninguém imagina o quanto. Percebem agora porque me sinto viva num corpo morto? Numa alma morta. Bem que posso ficar durante dias a escrever, ninguém irá perceber como me sinto. Não vão perceber a minha dor, nem sequer perto! A única certeza que tenho neste momento? Morrer, querer M O R R E R. Sinceramente espero que um dia leiam isto, para perceberem (por muito pouco que seja) toda a dor e mágoa que me têm causado. Para tentarem perceber tudo o que me têm feito sofrer. Lembrem-se que, tal como eu, vocês também são pessoas, também são humanos. E, por isso mesmo, também têm telhados de vidro e como costumo dizer: D E U S  E S C R E V E  D I R E I T O  P O R  L I N H A S  T O R T A S. Mais uma coisa, lembrem-se que a vingança é um prato que se serve frio. Não quero o vosso mal, mesmo com tanto mal que me fazem, mas espero um dia conseguir fazer-vos o que me têm feito a mim. Ou então, dar a volta por cima e ainda me rir na vossa cara. Enfim, já não sei. Só gostava que acordassem para a vida e percebessem o quanto me deixam mal. Supostamente deveríamo-nos apoiar mutuamente, afinal esta vida não anda fácil desde que os pais se separaram. Mas parece que é precisamente o contrário. E é triste dizer isto, mas desde que o mano está connosco que tudo está pior. Porque, como já disse, ele só quer ver a mãe contra mim. E consegue sempre, só ela é que não percebe isso. O menino é de ouro: ninguém toca, ninguém diz nada, tem sempre razão, tem sempre apoio. Eu, Q U E  M E  F O D A! Quando morrer, morri. Ninguém vai sentir falta mesmo.
Pensem nisto. Sintam como se fosse com vocês, e lembrem-se: ninguém merece sofrer tanto, ninguém merece ser tratado assim. Podemos não ser felizes, mas pelo menos sorrir e rir com vontade. Transformar as lágrimas em gotas de força e coragem. Ser uma família unida!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rejeitada - Parte II


Sinto-me farta de tudo, completamente. Estou farta de ser acusada de coisas que não faço, estou farta que o meu irmão só queira pôr a minha mãe contra mim. E o pior é que consegue mesmo fazê-lo. No fundo já estou habituada, ele sempre foi o menino de ouro e eu a ovelha negra, a merdinha cá da casa. Também me sinto farta que a mãe descarregue tudo em mim. Os dois magoam-me de uma maneira incrível. É quase como se me odiassem, mas não o dissessem por essas palavras. Mas odeia, senão não fariam nem diziam nem metade das coisas que me fazem e me dizem. Para eles sou como um parasita, que é sempre um alvo, é sempre algo que tem que se eliminar. Sou assim para eles, dia após dia ambos me provam isso. Há pior coisa no mundo do que isto? É difícil manter um sorriso na cara, quando o coração está tão magoado que dificilmente se irá recompor alguma vez. Sinceramente, já não sorriu nem riu com vontade há bastante tempo, é tudo falso, tudo! Pensei que desta vez iria ser tudo diferente, mas parece que mais uma vez me enganei. Engano-me sempre, que burra, foda-se! Acho mesmo que nunca irei abrir os olhos e aprender. Mas não faz mal, com tudo o que se tem passado ultimamente cá em casa já tenho a minha decisão quase tomada. Cortar o mal pela raiz! Sim, ando a ganhar coragem e força para acabar de uma vez por todas com tudo. Silenciosamente, para que ninguém perceba. Mas de maneira a que resulte, a que ninguém me possa trazer de volta. Não quero saber que me censurem, que me julguem, o que seja. Quero saber apenas de mim, porque não estou mesmo a aguentar mais viver assim. Sinto-me a morrer aos poucos e poucos, mas porque não acontece de uma vez só? Estou tão farta de sofrer. Pergunto-me todos os dias porque nasci. Porquê a mim? São tantas perguntas, e ninguém me dá uma resposta. Gostava de as saber, mas parece-me que só as vou descobrir um dia, do outro lado da vida, depois da vida.

Rejeitada - Parte I


R E J E I T A D A. É assim mesmo que me sinto. Mais até, sinto-me uma grande e verdadeira M E R D A. Não é só de agora que me sinto assim, já vem de há muito tempo. Mas é precisamente no momento em que ganho um pouco mais de auto-estima que me fazem descer muito fundo e sentir assim novamente. Refiro-me à família, porque de amigos já sei com quem posso contar e com quem não devo sequer preocupar-me. É a minha família que me faz sentir assim. E por mais que tente ser forte, não dá. Não sou de ferro e não escolhi nascer para passar por tanta coisa, por tanta merda. Se pudesse ter escolhido, com certeza não pediria para nascer, ou então nasceria, mas de maneira a que tudo fosse diferente. Também tenho sentimentos, porra! É mau demais quando as pessoas se lembram delas e no que sentem e cagam nos outros. É normal descarregarmos nas pessoas que estão mais perto, mas não é sempre. E comigo é constantemente assim. É quase como se fosse um saco de pancada, "batem" até se fartarem. Porque a dor não é só física, aliás, a dor psicológica acaba mesmo por doer mais que a física. Nem sempre, é verdade, mas quase sempre. E a minha cabeça e o meu coração estão uma grande bagunça. Não me consigo sentir bem comigo própria se ando constantemente nervosa e mal por causa deste clima. Por causa da maneira como me tratam. Fazem-me sentir a pior pessoa do mundo e nem sequer entendem isso. São tantas as vezes em que quero pôr um ponto final na minha vida, só ainda não ganhei coragem para tal. Gostava de a ter, a sério que gostava. Não sei se alguém iria sofrer pela minha partida, na verdade acho que isso iria acontecer com pouca gente. Conto essas pessoas pelos dedos! Mas que alguém se iria sentir muito culpado e arrependido por tudo o que me tem feito, isso tenho a certeza que sim. Não estou a fazer o papel de vítima, de maneira nenhuma. Tenho a perfeita noção que também cometo erros e não sou santa nenhuma, mas andava mais calma. As coisas cá por casa nem andavam mal de todo, até ao momento em que se passam não sei porquê e tudo volta ao mesmo. A Rita é a culpada de tudo, a Rita é isto e aquilo, a Rita faz isto e aquilo. A Rita é tudo e mais alguma coisa, resumindo, é uma G R A N D E  M E R D A. Sim, porque já me disseram isso!