segunda-feira, 20 de maio de 2013

volta mickey...


As noites voltaram a ser uma tortura, os dias parecem intermináveis. A dor tento esconder, convencer-me a mim própria de que tudo está bem tem sido o maior desafio das últimas semanas. Mas o dia está a aproximar-se, e aceitar que tudo terminou assim, é terrível. Não imaginas o quanto me custa olhar o telemóvel milhares de vezes por dia e não ver o teu nome, não ter as tuas palavras. O quanto me custa pensar nestes últimos meses e perceber que estão a ir-se, com o soprar do vento.. as promessas, os planos e os sonhos a dois, foi tudo tão real. Agora apenas sonho com isso. As lembranças chegam com o cair da noite, e com elas as lágrimas. Mas porquê? É a grande interrogação da minha vida neste momento. E só tu me podes responder a isso. Tu que me deixaste assim, do dia para a noite. Sem me preparares, sem esperar  que fosse acontecer. Tu, que prometeste nunca me abandonar, que prometeste um sempre... tu, que és o grande amor da minha vida. Será que voltas? Quero tanto. Ter-te aqui.. sentir o teu cheiro, o teu toque, o teu olhar no meu, os nossos corpos juntos num só. Porquê Mickey? Olha... o 26 é nosso, e o meu coração sempre teu!

sábado, 18 de maio de 2013

Garantido? Não.



Aprendi a não tomar nada por garantido. Porquê? Porque a lua rouba o lugar ao sol tão depressa quanto o sol lhe rouba o lugar a ela também. Porque a vida é uma incerteza, e se hoje estás bem, amanhã não sabes como estarás. Porque o mar tão depressa está calmo, como tão depressa nem sequer lá podes entrar. Porque tu, prometeste-me um "sempre", prometeste nunca me abandonar e agora, onde estás? Não te olho, não sinto o teu cheiro, não oiço a tua voz.. é, estás a ir-te embora por entre os meus dedos e eu, não consigo fechá-los de forma a te agarrar e que fiques. Por isso, aprendi esta lição. A única coisa que tomo por garantida, é a morte. Pois dessa, ninguém se livra!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

26 ∞


Acho que finalmente consegui tomar a minha decisão. Ou pelo menos é o que penso. A verdade é que nos últimos dias a minha cabeça tem andado num turbilhão e a acompanhá-la está o coração. Esse, coitado, além de confuso está magoado, triste, partido, perdido... Não preciso de dizer porquê, pois não? Lutei durante tanto tempo, dei tudo de mim para agora ver-te a fugires-me da palma da mão, por entre os dedos... custa muito, sabias? Eu errei, tu erraste, perdoaste-me muitas coisas, mas eu ainda te perdoei mais a ti. Deixei tudo e todos... Arrependida? Não estou nem um bocadinho. Faria tudo igual como até aqui. E tu? Como vais neste momento? O que estás a sentir? Será que também sentes a minha falta? Por mais que tente não consigo compreender como mudaste do dia para a noite. Depois de tantas conversas, acreditei que tudo fosse mudar. Que não irias continuar distante, ias estar mais perto. Mas acreditei mal... pelo contrário, afastaste-te ainda mais. Já não és o meu Mi... não penses que estou bem e que é fácil tomar esta decisão. São noites sem dormir, não por insónias, mas por saudades tuas. São lágrimas que caem, não por estares longe, mas por te amar e não querer ficar sem ti. São sonhos que se estão a desvanecer, sou eu que me estou a deixar perder. Mas, sabes... és a pessoa que mais amo. Espero que voltes, e que voltes rápido. Espero que o 26 renasça e nada o mate. "Nunca ouviste dizer que o que é verdadeiro nunca morre? Então o 26 nunca irá morrer". Vou esperar sempre por ti, até à última batida do meu coração. AMO-TE , Mi...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

eleven years


Faz hoje precisamente 11 anos que vi a minha infância perder-se, para me tornar (por obrigação) adulta. Não sei o que senti naquele momento, fiquei estática, apenas fazia aquilo que me mandavam fazer. Olhava para a minha mãe desfeita em lágrimas e questionava-me sobre o que lhe estariam a dizer. Senti uma picada, "se quiseres chorar, podes chorar", ecoaram estas palavras na minha cabeça. Automaticamente comecei a chorar, queria entender tudo o que se passava e porque razão estava eu ali, sem puder seguir a minha rotina normal da escola e brincadeira. Chegou o momento em que começaram a explicar-me o que estava a acontecer, mas não conseguia entender. Era tudo muito estranho, os nomes, as coisas a fazer.. mudaram-me para um sítio um pouco mais acolhedor, com crianças da minha idade e com coisas mais e menos graves que a minha. Uma semana e um grande inferno. se não aprendesse, então não sairia de lá tão depressa. Foquei-me nisso, sair rapidamente daquele local ruim e triste. Aprendi muitas coisas, chorei muitas vezes, interroguei-me outras tantas porque me calhou a mim. Mas ao fim de uma semana, regressei a casa. Estava feliz, mas algo em mim não estava bem. Já tinha percebido que tinha algo em mim para a vida inteira. A partir daí, muitas mais complicações.. e ninguém imagina o inferno que é um dia e mais outro. Mas, acima de tudo, tenho um enorme orgulho em mim própria! ao fim de 11 anos estou aqui, viva! Obrigada Deus, por me protegeres deste mal.