segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

bom dia. :)



acordei com uma vontade súbita de escrever, sobre o quê não sei. apetece-me, pronto!
talvez por ter regressado a casa ao fim de uns meses, mesmo tendo sido por apenas uma noite. fez-me bem, fez-me bem ter os meus animais comigo, o meu espaço e a minha família. não que aqui esteja "nua" nesse aspecto, refiro-me à família, mas é diferente. e não sei explicar porquê... digamos então que tenho duas famílias. a primeira, constituída pela minha mãe, o meu irmão, os dois gatos e o cão, e a segunda pelos meus avós e pelo meu pai. e agora perguntam vocês: "qual é a diferença e porquê diferenciar as duas partes?", a diferença começa quando as duas famílias se separam por um divórcio. ao fim de 19 anos a conviver com todos eles juntos, mesmo que o ambiente às vezes não fosse o melhor, ter que mudar radicalmente os hábitos e, até mesmo de casa, é como levar de frente com uma rabanada de vento. se uma criança mais nova cresce quando tem os pais separados, um adolescente de 19 anos obviamente que cresce também. não tanto, isso é claro, mas a responsabilidade acresce, o ter que gerir pessoas, espaços e tempos torna-se um desafio. impossível? isso não é. e hoje, ao fim de dois anos desta separação o único aspecto que ainda me afecta (porque noutros nunca me afectou), é a distância entre as duas casas. não que seja muita, mas fazer duas horas de caminho para cá e para lá, num total de quatro horas, rouba-me uma boa parte do dia. perco até a vontade de sair de casa! mas, resumindo e concluindo, o mais importante nisto tudo é nunca esquecer a importância que cada membro da família tem para nós. tenham eles duas pernas ou quatro patas, sim, porque os animais, na sua mais pura inocência fazem-nos bem, e hoje, dormi tão bem ou melhor que nas últimas noites, a gatinha decidiu dormir bem aconchegadinha a mim, dormi tão quentinha...
mudando de assunto... o que vai na cabeça das pessoas para magoarem sempre aqueles que mais as amam? quer dizer, uma pessoa faz tudo por a outra, dá o que tem e o que não tem, entrega-se, dá o melhor e, por vezes até, o pior de si, no final recebe a bela da facada nas costas. mas então, comeram ervilhas de mais para substituírem os neurónios? juro que não percebo e ainda gostava que alguém me dissesse qual é o prazer ou o que raio sentem quando fazem isso a alguém. passo-me com isto, porque estou cansada de sobreviver a coisas deste género e ver as minhas amigas mal pelas mesmas razões! que pessoas constituem a nossa sociedade afinal? isto só vai gerar um ciclo vicioso, os pais são assim e os filhos serão igualmente iguais. com raras excepções à regra, é claro!
bem, terminando... não sei o que para aqui escrevi, se me faz algum sentido e se vos faz sentido a vocês também. apeteceu-me, pronto!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

noites..


a noite cai, deito-me na cama a ouvir a chuva, tento adormecer mas a cabeça começa a andar a mil. oiço música para que os pensamentos parem, só piora. dou voltas e mais voltas, a cama torna-se pequena para tanta agitação. porque são as noites assim? vividas de lembranças, de recordações, de memórias, de saudade... e eu sei que não é só comigo. mas para mim são desesperantes... falta alguém a quem ligar e ficar a falar até adormecer... falta alguém que mande aquela mensagem especial e ajude a acalmar toda a agitação, todo o pesadelo que as noites são. mil e uma coisas me vagueiam no pensamento, algumas até que já foram enterradas e deixadas para trás. afinal, qual é o efeito que a noite tem que me deixa assim? a mim e a mais umas tantas pessoas...
é nestes momentos que me sinto mais sozinha que nunca, e é isso que torna as noites ainda mais horríveis. continuo às voltas na cama, tento encontrar algo para fazer, mas o quê? pego na caneta e no caderno, desabafo mais uma vez com ele. nele está depositado tudo aquilo que não consigo dizer a ninguém, e que posso garantir, nunca ninguém irá ler! são estas noites assim que me trazem inspiração, pois como já alguém dizia: "tristeza faz arte". a escrita não me acalma estas terríveis noites, mas ajuda a passá-las. ajuda-me sim, a engolir muitas vezes o orgulho e a chorar, sem que ninguém saiba. só eu e o papel...
a chuva já parou, oiço agora as árvores dançarem com o vento. e eu tento esquecer tudo e dormir, eu bem tento... e eu bem sei que este é só mais um momento, em que vou ter que ser mais forte... oiço música novamente, aconchego-me nos lençóis quentinhos. abstraio-me das palavras, para que não tenham qualquer efeito em mim. deixo-as livres e soltas, para que não me atormentem. os pensamentos desvanecem aos poucos, vão voando ao som de uma leve melodia. o coração acalma-se, bate devagar, retoma o seu ritmo.
fecho os olhos e adormeço.