sábado, 26 de novembro de 2016

Doze de Novembro de Dois Mil e Doze.


Não podia ir dormir e deixar este dia em branco. Confesso que não me lembrei que dia era ontem à noite e nem sequer assim que acordei. Mas assim que peguei no telemóvel e ele me deu a data e a hora de hoje, não teve como esquecer-me..
Quatro anos, bolas, o tempo passa rápido! Demasiado rápido para o que aconteceu antes e depois de ter terminado. Infelizmente o teu desejo de mantermos a grande amizade que tínhamos não se concretizou. Ainda te procurei algumas vezes, mas em vão. Por isso, ainda bem que te deixei seguir a tua vida por completo. Acredito que hoje estejas um Homem ainda melhor do que eras há quatro anos atrás, e acima de tudo, feliz. Acredito, também, que continuo a ser parte de ti, como tu continuas a ser uma pequena-grande-parte-de-mim. A saudade ainda existe, o carinho das recordações ainda faz uma ou outra lágrima cair. Mas o orgulho do que fomos, preenche-me o coração por completo.
Por hoje só me resta manter a esperança que um dia nos vamos reencontrar. E sei que, nesse dia, seremos os dois um pouquinho mais felizes. ♥ ♡

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Esta vontade de ti.


Não sei bem como começar isto, nem o que escrever sequer. Não posso desabafar com ninguém, é arriscado demais. E mesmo assim, não sei se será uma boa ideia. Mas preciso de escrever, preciso de desabafar e puder exprimir este turbilhão de sentimentos.
Não tens a noção do que pensei de ti a primeira vez que te vi. Achei-te lindo, o rapaz que faz o meu estilo de homem, é verdade. Mas a pessoa mais arrogante que já conheci. Já viste como isso mudou? Nem tu esperavas e muito menos eu. Tantos dias a cruzarmos-nos, sem um "boa noite" ou um "olá", olhávamos-nos e pouco mais. Hoje em dia, damos-nos tão bem que eles passam a vida com aquelas brincadeiras. Eu gosto delas, sabias? São elas as maiores causadoras do que sinto. Mas quando eles me dizem: "a sério Rita, não estamos a brincar", aí é que fode tudo! Será que é mesmo verdade o que eles dizem? Já reparei em certas coisas, mas podem ser só da minha cabeça e, como tal, não quero alimentar mais nada do que já tenho alimentado até agora. Tens a noção que a vontade de te ver torna-se cada vez maior? A vontade de conversar ou estar contigo durante 5 ou 10 minutos, é cada vez mais forte? Depois não quero sair dali. Não quero que vás embora, nem quero que tu vás embora! Como lidas com isto tudo? Porque não te pronuncias com as brincadeiras deles? Ficas calado porquê?! "Quem cala consente", será isso?
Não pode ser, todos sabem que não. Mas todos vêem o brilho nos olhos, todos sentem a vontade que temos de estar perto, a necessidade de não irmos embora e ficarmos ali. Também sentes isso? Vai chegar o dia em que não dá para esconder mais. E, infelizmente, vai ter sempre que ser escondido. Esta vontade de ti não pode passar disso, não vai nunca passar disso. Mas sabes que perco tanto tempo a pensar em ti.. sinto o cheiro do teu perfume mesmo quando não estás perto, oiço a tua voz quando fechos os olhos à noite e tento dormir. Vamos parar por aqui? Espera, não digas nada. Os dois sabemos que não dá. Qual dos dois dá o braço a torcer, ou, qual dos dois desiste primeiro?

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

À Dona Isabel. ☆


Bom dia, Dona Isabel.
Escrevo-lhe mesmo não sabendo quem sou, mas com a esperança que um dia estas palavras cheguem até si, e assim, me conheça minimamente.
Em primeiro lugar, parabéns! Parabéns pela Mulher que é e pelo filho que criou e educou. Obrigada também por o ter posto ao mundo, e a Deus por ter cruzado os nossos caminhos!
Escrevo-lhe e não é de ânimo leve, os olhos molhados começam a deixar-me a visão turva.
Há umas semanas atrás gostava de ter tido a coragem suficiente para a encarar, para a olhar nos olhos e dizer o quanto gosto do seu filho. E não fui capaz.. Ouvi-a a entrar, a deitar e no dia a seguir, a levantar e novamente a sair. E não fui capaz.. Passei a noite praticamente toda a olhar para ele, sabia? É tão lindo, até a dormir.. Deixei-me apreciar o momento, ouvir o som da respiração dele, e o calor do corpo. Sabe, respeitei-o sempre. Fui com a calma que queria, nunca duvidei de nada que me dizia, mas ele magoou-me. Nesse mesmo dia, ele respeitou-me também! Mas, dias a seguir foi um verdadeiro canalha! Tenha calma, fico muito feliz por ele. Embora me custe vê-lo com outra; embora me custe passar as fotografias no meu telemóvel e encontrar as dele; embora me custe tudo o que leia ou todas as músicas que oiço me falarem dele. E sabe, já conheci outras pessoas. E não consigo.. Querem fazer-me feliz e eu não consigo ser. Não consigo confiar, não consigo gostar, não consigo seguir em frente.. E o culpado é ele! Diga-me como é que ele está?!.. Peço-lhe que quando ele estiver mais frágil esteja do lado dele, que quando se sentir mais só, o abrace. E que em todos os carinhos e abraços deixe um pouco de mim, para que ambos sintamos que, mesmo de longe, que, mesmo distantes, o continuo a querer proteger do mundo. Que, apesar de tudo, ele continua a ser o meu mundo! E que por muito que me tente enganar a mim mesma, é por ele que vou continuar a esperar. É ele que vou continuar a procurar em todas as pessoas, é a janela dele que vou continuar a abrir vezes sem conta, na esperança vã de ter um pedido de desculpas, ou, um simples : "deixa-me em paz", "vai à merda". Oh bolas, Dona Isabel!, é tão difícil.
Aquela manhã em que saí daquele carro pela última vez, e foda-se, até o cabrão do carro é lindo!, a última vez que nos beijámos, que nos olhámos nos olhos e que ele me disse: "porta-te bem".. doeu. Ainda dói. Dói cada vez mais. Naquele momento tinha um sentimento estranho e não liguei, e como tanto tinha de estranho, também tinha de certo.
Diga-lhe, por favor, que não consigo esquecer os olhos dele. Que tenho saudades.. Que sinto falta das conversas, do olhar dele em mim, dos lábios dele nos meus, do corpo nu dele junto ao meu, daquele cabelo que aprendi a gostar (...) diga-lhe, por favor, que estarei aqui à espera dele. E que, por favor, nunca me esqueça.
Volto a escrever-lhe em breve.

Um beijo. ♡

terça-feira, 12 de julho de 2016

"Isto" que sinto por ti..


Não sei muito bem como começar isto. Não sei o que dizer ao certo. Acho que tenho muitas palavras e nenhuma delas é certa.
Ainda não te deste conta de nada, pois não? Ainda não percebeste que cada mimo contigo se torna mais intenso? Que alguma coisa mudou desde o primeiro "olá". Ainda não deste conta que há uns meses não me despertavas o mínimo interesse (excetuando os teus lindos olhos que hoje me apaixonam mais que nunca) e que, hoje, és o motivo dos meus suspiros?
Não sei o que chamar a isto, e não vou chamar amor porque não é. Vou chamar simplesmente "isto", isto que sinto por ti. Desenrola, intensifica-se. A tarde de calor, o jardim para nós, o teu tronco nu ao meu lado, os teus lábios que suavemente tocaram os meus. E aquela noite.. ao pé do rio, uma linda noite de verão e nós dois, e o mundo para nós. Foi nessa noite que tive a certeza de seres especial, até então recusava-o. Não queria aceitar, e ainda hoje, digo que isso não pode acontecer. E o estúpido do meu coração mole! Estava fechado a cadeado, sabes? Abriste-o, agora atura-o.
Na cabeça já permaneces 24h. Antes de cair no sono já sonho contigo, e com o possível e não impossível "nós". Achas normal isto que me estás a fazer? Como tu dizes: pés no chão. Mas promete-me uma coisa: não me magoes..

"Isto" que sinto por ti.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Minha mente barulhenta que me atormenta...



Olá querido avô.

Deitada no escuro do meu quarto, ao som do silêncio, a minha cabeça grita, o meu corpo não aguenta. Estou cansada de mais um dia de trabalho, e esta mente barulhenta não se cala para conseguir descansar. Há sentimento de maior inutilidade? Quero calá-la e não consigo, pensa em tudo, interroga-se de tudo, sofre com tudo, não está feliz com nada. Quero ser forte, assim mesmo como o escudo que mostro aos outros, mas depois há momentos assim, há dias destes. Um dia de "até já's", ou, de despedidas. Deixar para trás quem gostamos dói, por muito que se diga que nada vai mudar. Tudo muda, ou muita coisa muda. Isto está a deixar-me mais fraca ainda..
A luta que, neste momento, estou a travar comigo própria é dura. Alguém me ajuda a calar as vozes dentro da minha cabeça? Alguém que lhes diga que não quero estar assim, que não me quero mais sentir assim? Por favor... Quero ser forte, e não consigo. Quero sorrir, e custa-me. Não quero chorar, e choro como nunca. Não quero ser fraca, e a fraqueza tomou conta de mim. Quero erguer-me, e há inúmeras coisas que me deitam abaixo. Quero ser eu, como me conhecem. Quero um sorriso verdadeiro. Quero a minha cabeça calma, não quero que doa mais.
É pedir muito um pouco de paz?

Um beijo. *

sábado, 14 de maio de 2016

Frágil.


Olá querido avô.

Cheguei a casa, já fui com o Benny à rua e já estou fechada no meu quarto, a ver o dia desaparecer e chegar a noite. Acabo o dia com a alma destruída, o espírito triste e desanimado. Sei que hoje estiveste ao meu lado para não me deixar vergar, aliás, como tens estado sempre, e como, principalmente, tens estado nos últimos dias. 
Sempre me disseram que ao longo da vida terei que engolir muitos sapos, alguns já engoli, outros vou aprendendo. Quantos mais serão? É que custa. Somos maus porque fazemos e maus porque não fazemos. Não nascemos ensinados, e um papel escrito chamado "diploma" não compra humildade a ninguém. Acho até que, muitas pessoas a perdem quando ganham o dito "diploma". É triste, não é avô? São as minhas velhinhas que dia após dia me enchem o coração, os mimos do meu Benny sempre que chego a casa, o saber que estás a olhar por mim e que se estes são os dias menos bons, os melhores estarão por vir. Mas ainda demoram muito a chegar? Estou cansada de ser forte, de algumas vezes fingir. Estou cansada de meter um sorriso nos lábios como se a minha alma andasse sempre assim vestida.
É o meu quarto que me acolhe todos os dias, é a minha almofada que conhece as minhas mágoas e dores. É o Benny, o nosso quatro patas, que sem falar me compreende melhor que ninguém. És tu e ele que trago sempre comigo, são vocês dois que me dão a força e a coragem para me levantar no dia a seguir e o enfrentar. Não me deixam desistir, dão-me razão para lutar. 
Se estivesses aqui sei que todos os dias me pedirias calma, e que não me deixarias chorar como todos os dias tem sido sempre que chego a casa. É o meu desabafo, o lavar da alma. Está ferida, está frágil.
Isto vai passar, não vai? Continua comigo, por favor...

(Amanhã jogam o meu Benfica e o teu Sporting, estamos em pé de igualdade, mas lamento, os campeões seremos nós! Tri-campeões avô, tri-campeões!! Desculpa lá..)

Um beijo. *

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Parabéns ao nosso menino! *



09.05.1996 - 09.05.2016; 20 anos. Hoje quem os celebra é o nosso menino! Pois é avô, o nosso menino está a crescer a olhos vistos, já é um homem! Sei que tens tanto orgulho dele como eu, e que aí de cima não te esqueceste deste dia. Deste-lhe um beijo logo que bateu a meia-noite, não foi? Só não o fazias em vida porque eras um valente dorminhoco, mas não esquecias e de manhã eras sempre o primeiro a dar-nos os parabéns.
Tens visto como ele está crescido? As situações da vida têem-no feito crescer tanto, tanto... Alguma vez acreditaste que ele fosse capaz de tomar a atitude que tomou? Eu confesso que nunca acreditei nisso, até chegar esse dia. Revoltei-me, mas acalmei-me. Ao nosso menino ninguém faz mal, mas Deus não dorme, e tu estás a tomar também conta dele. Dás-lhe nas orelhas cada vez que ele me fala mal, não dás? Não era esta a relação que querias que tivéssemos, disseste-mo dias antes de ires embora. A culpa também é minha, não sou santa e o meu feitio não é de todo o mais fácil.. Mas não é só minha, pois não, avô? Não posso ser a pessoa tão negra como aqui em casa pintam. É isso que me faz sentir mais a tua falta... Existia sempre a tua calma, a tua palavra que acalmava o drama.
Como te pedi no dia em que desististe de lutar: toma sempre conta de nós. Toma conta do Diogo, ele é mais frágil que eu, e embora não demonstre, sofre mais do que imaginamos. Se ele vier de bom humor hoje, prometo que o abraço e lhe transmito toda a tua força, todo o teu amor.
Por agora, ele acabou de chegar.

Um beijo avô, saudades.

domingo, 8 de maio de 2016

Mas, porque deixei de escrever afinal?!



Há muito tempo que deixei de escrever, e sinceramente, não sei bem porquê. Acho que o trabalho me ocupa demasiado tempo e me causa demasiado cansaço para me dedicar àquilo que gosto, e até a mim. Até aos meus... Mas hoje vou voltar. Vou voltar porque afinal as palavras sempre foram o meu refúgio. Desabafo com ninguém, e desabafo com todos. Desabafo comigo própria e sinto-me mais leve. Sentir-me leve... há algum tempo que não me sinto assim. Tento encontrar dentro de mim as razões para isso, não consigo encontrar nem uma! Acho que é tudo junto, e ao mesmo tempo não é nada. Muitas vezes apetece-me chorar e as lágrimas não saem. Quero gritar e a voz sai-me silenciosa, ecoa apenas dentro da minha cabeça. Mas, todos os dias me levanto e sorriu para quem se cruza comigo e me diz um simples "bom dia", para aqueles com quem trabalho diariamente e merecem o melhor de mim. Dá-me gosto saber-me útil para alguém, aviva-me a alma, enriquece-me. São esses os meus pequenos bons momentos ultimamente... Por hoje, fica o coração cheio. Há três meses que encontrei duas das pessoas que mais bem me fazem, e que hoje, trago no peito como irmãos de uma vida. Hoje não vou guardar as lágrimas, vou pôr os phones nos ouvidos e, provavelmente, vou chorar até adormecer. Mas não faz mal, vou sorrir, amanhã começa uma das etapas mais importantes na minha vida.

Foco, Força & Fé.