terça-feira, 13 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 11



Tal como previ ontem, esta foi uma noite muito mal dormida. A minha cabeça andou às voltas entre a família e o Daniel. Não sei o que pensei, acho que nem cheguei a nenhuma conclusão. Vou ficar em casa uns dias, a Joana e o Daniel sabem onde moro, se sentirem a minha falta podem cá vir.

Vou escrever uma mensagem para o Daniel e para a Joana, não os quero deixar sem notícias: "Olá meus amores. Vou ficar em casa durante uns dias, preciso de estar sozinha para pensar e reflectir. Se quiserem estar comigo sabem onde me encontro. Beijos, gosto muito de vocês"

Ainda nem sequer me levantei da cama, acho que por aqui vou ficar todo o santo dia. Faço umas pipocas, ponho um bom filme e ninguém me chateia. É o dia perfeito!

Não consigo deixar de pensar no que o Daniel diz sentir por mim. E se ele está a mentir? Se é apenas mais uma ilusão? Não quero e não posso sofrer mais, não mereço isso. Quero acreditar que gosta de mim, senão não teríamos passado aquela tarde juntos, senão não o teria dito. Gosto tanto dele, nunca pensei voltar a sentir isto depois do João. Para mim o amor morreu naquele momento, mas o Daniel acendeu uma luz ao fundo do túnel. Ele consegue dar-me o que mais preciso neste momento: carinho.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 10



"Olá princesa. Como estás? Começo a trabalhar amanhã, o meu pai precisa de mim para os recados da empresa. Beijo, gosto de ti"

Não sei se deva rir ou chorar, esta mensagem caiu que nem uma bomba em pleno centro de Lisboa, em hora de ponta, para ajudar à festa. Com o Daniel a trabalhar vai ser muito mais difícil estarmos juntos. Já basta a minha mãe com as coisas dela, nunca me quer deixar sair. Não vou pensar nisso agora, afinal estamos apenas a começar e estamos bem... Nem somos namorados, mas sei que vamos ser.

"Fico feliz por teres arranjado um emprego, era isso que querias já há algum tempo, o teu primo disse-mo. Fico triste por passarmos menos tempo juntos, mas sei que vai ser um mero obstáculo. Não te vou deixar..."

Envio-lhe então a minha resposta e vou jantar.


***


Mãe: Sabes Marta, dei tudo por ti, pela minha filha e hoje, com 18 anos o que sabes fazer de melhor é desiludir-me e magoar-me. Cresce e aprende a ser mulher, daqui a uns anos vais estar tu no meu papel e ainda será pior.

Marta: Epá ó mãe, não venhas com as tuas cenas, fogo! Estás sempre a pôr defeitos em tudo o que faço ou digo, aliás, para ti sou a pessoa mais imperfeita do mundo. Com licença.


Levanto-me da mesa, vou para o meu quarto. Mal entro por aquela porta as lágrimas começam a rolar-me cara abaixo. Ponho os phones nos ouvidos e deito-me, esta noite vai ser mal dormida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 9




Daniel: Olá meu amor, estás linda!

Beija-me, não tive tempo de pronunciar uma única palavra. Não esperava que ele me beijasse. Fico envergonhada e ele percebe isso.

Daniel: Desculpa Marta, não devia ter feito isto.

Baixa a cabeça como se tivesse cometido um erro grave. Mas que erro? Afinal gostei do beijo, até esperava que tivesse surgido mais cedo.

Marta: Não sejas tonto! Cala-te e dá-me outro beijo.

Obedeceu, deu-me um dos melhores beijos da minha vida. Saímos dali rapidamente, fomos almoçar ao restaurante do melhor amigo do Daniel, Quando acabámos levou-me a passear á beira-mar. Passámos por ali a nossa tarde, entre beijos e abraços, sorrisos e toques, olhares e carinhos...

Ao final da tarde levou-me a casa, despedimo-nos com um enorme beijo e com a promessa de estarmos juntos brevemente.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 8



Joana: Bom dia, miúda! Toca a acordar, já sei das novidades! O Daniel contou ao Pedro e ele contou-me tudo. Quando pensavas em me contar, ham?!
Marta: Porra Joana, estava a dormir tão bem... e vou continuar, se não te importas.

Deixo a Joana a ouvir o pi pi pi do telemóvel e volto a dormir. Preciso de acordar com todas as energias, afinal vou passar o dia com o Daniel.


***


A minha mãe acorda-me e manda-me logo estender a roupa. Não há nada como acordar e levar imediatamente com as cenas dela. Esta casa é um stresse, não vejo a hora de puder sair daqui. Mando uma mensagem de bom dia ao Daniel, não demora a responder. Diz que passa por aqui mais cedo, vou apressar-me a fazer o que a minha queria mãe quer para me arranjar e estar com o meu amor.

Estendo a roupa, tomo banho e vou para o meu quarto arranjar-me. A minha mãe percebe que vou sair, vem ter comigo e temos mais uma das nossas discussões. O Diogo, o meu irmão, tenta intervir com outra conversa, mas ela não lhe dá ouvidos. Continua a discutir comigo, não ligo. Visto-me, arranjo o cabelo e maquilho-me.

A campainha toca, são 13h30 em ponto. É o Daniel, desço rapidamente e nem dou satisfações à minha mãe.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 7




Isto não me pode estar a acontecer. Que faço agora? Não sei ao certo o que sinto, ele mexe comigo, mas... Mas nada! Não vou deixar fugir um rapaz como o Daniel. É alto, moreno, tem uns olhos verdes que adoro, uns lábios que desejo, um toque tão delicado, um cheiro tão doce... Chega de sonhar. Vou mandar-lhe uma mensagem.

"Desculpa ter fugido a sete pés e não ter ficado contigo. Na verdade, adorei o que disseste. Fiquei um pouco triste por te teres afastado durante tanto tempo, nunca deixei de pensar em ti. Acho que tens de saber que também gosto de ti, és especial desde o primeiro momento. Quando te vi entrar na casa da Joana naquele dia o coração queria saltar da boca pra fora. Mais uma vez desculpa a minha reacção, espero que não estejas chateado. Beijo"

Durante duas horas esperei por qualquer tipo de resposta. Já pensava que ele não iria dizer nada quando oiço o bip do telemóvel. Pego nele e leio a mensagem: "Martinha, não fiquei chateado, fiquei pensativo. Não sabia se te tinha agradado ou se não querias mais estar comigo. É bom saber que é mútuo. Quero estar contigo novamente, aceitas? Beijo grande"

Não podia estar mais feliz, afinal ele quer estar comigo mais uma vez. Não me acha gorda, nem feia, nem nada do que acho de mim própria. Não lhe vou responder já, agora vai sofrer um bocadinho por todo este tempo que esteve afastado de mim.


***


Fui com a minha mãe ao supermercado há pouco, o meu pai acabou de chegar a casa e o meu irmão está agarrado à playstation. Como ninguém está a precisar da minha ajuda acho que me vou deitar em cima da cama a ouvir música.

É isso mesmo que faço, e enquanto oiço uma das minhas músicas favoritas penso no Daniel. Vou responder-lhe agora, o coitado já sofreu alguma coisa com este tempo de espera. "Achas que não aceito estar contigo? É o que mais quero, tonto. Vem ter comigo amanhã, vamos dar uma volta." Não passam 5 minutos, recebo a resposta dele. "Passo por tua casa às 14h30. Não te esqueças de mim (L)".


***


Estou a ficar com sono. Vou vestir o pijama e mandar uma mensagem de boa noite ao Daniel.

"Boa noite, meu querido. Estou com saudades tuas e ainda hoje estivemos juntos... Amanhã aturas-me mais um pouco. Dorme bem, beijo grande". Coloco o telemóvel junto à almofada e adormeço rapidamente.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 6



Adormeci, meio ensonada pego no telemóvel e vejo as horas. Porra, são 16h15! Levanto-me rapidamente do sofá e em segundos estou no jardim. Não o vejo em lado nenhum. Foi embora e chateado comigo, tenho a certeza. Ligo-lhe.

Marta: Onde estás? Deitei-me no sofá e acabei por adormecer, desculpa...
Daniel: Não te preocupes, miúda. Vim ao café comprar uma garrafita de água, vou já para aí.

Sento-me num banco com os phones nos ouvidos. Estou ansiosa, nervosa, feliz... Olha, nem sei. Sinto uma mão no meu ombro, olho para trás e lá está ele. Aquele rapaz lindo e cheio de graça que conheci há umas semanas atrás. Tinha saudades deste toque, saudades destes lindos olhos verdes a olharem nos meus... Dá-me dois beijinhos e senta-se ao meu lado.

Marta: Que tens para falar comigo?
Daniel: É sobre "nós", Marta...
Marta: Podes falar então, sou toda ouvidos...
Daniel: Bem, em primeiro lugar quero pedir desculpa por ter estado tanto tempo sem dar notícias. Precisei de me afastar para perceber o que és pra mim...
Marta: Que conversa é essa?!
Daniel: Olha Marta, desde aquele dia que não sais do meu pensamento. Estás presente em tudo no meu dia-a-dia. Falei com o Pedro, ele disse para não ter medo e falar contigo, mas não consegui. Sofri muito na última relação que tive e depois de tanto tempo, encontrar alguém, pensar em alguém desta maneira... é estranho. Afastei-me para perceber os meus sentimentos, desculpa, mas acho que gosto de ti...

Sinto-me a corar, estou tão nervosa. Meu Deus, beija-me por favor!

Marta: Não sei o que te diga... Tenho de ir para casa, depois falamos.

Dou-lhe um beijo e vou embora.

(In)feliz amor ♥ - Parte 5



Há muito tempo que não tinha tantas insónias numa só noite. Dei voltas e voltas na cama a pensar no Daniel e no que tem para falar comigo. Tenho medo do que seja. E se me diz que não me quer ver mais? Não pode ser isso, não pode. Tudo me faz lembrar dele, uma música, uma frase, uma fotografia, um toque, um gesto... O telefone de casa toca, tenho que me levantar. É o chato do meu pai em mais um dos seus pedidos.


***


São 14h, o relógio parou, nunca mais são 16h. Deito-me no sofá e ligo a televisão, sempre ajuda a passar o tempo e talvez me acalme um pouco. Oiço o bip do telemóvel, é uma mensagem do Daniel. "Então miúda? Não te esqueças do nosso encontro hoje à tarde. Fico à tua espera, não te atrases ;)". Ok, não esperava receber uma mensagem dele tão cedo. Pensei que só diria alguma coisa quando chegasse ao jardim, pelos vistos estava enganada. Mas ainda bem, adoro receber mensagens dele.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 4



Passou quase um mês e nunca mais tive notícias do Daniel. Nem sequer o Pedro sabia dele. Mando uma mensagem à Joana: "Melhor amiga, só tenho pensado nele... Tens que me ajudar, por favor. Se souberes alguma coisa, liga-me."
Não sei o que ela andou a fazer, o certo é que passados 10 minutos o telemóvel toca e no visor está escrito "Daniel". Atendo.

Marta: Olá Daniel.
Daniel: Marta, preciso de me encontrar contigo. Precisamos de falar...
Marta: Passa-se alguma coisa?
Daniel: Vem ter comigo amanhã às 16h, espero-te no jardim em frente à tua casa.

Desligou. Visto o pijama e deito-me, amanhã conto as novidades à Joana.

domingo, 4 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 3





Chego a casa, vou para o meu quarto, atiro a mala para cima da cadeira e deito-me em cima da cama. Fico a pensar no Daniel. No olhar dele, na maneira de falar, no sorriso, no toque... espero pela mensagem que prometeu enviar. Espero que não demore.


Levanto-me para ir buscar um copo de água, quando chego ao quarto vejo que tenho uma nova mensagem. É ele! "Olá Marta! Como estás? Espero que tenhas gostado de me conhecer. Beijo, Daniel". Apresso-me a responder-lhe: Hey Daniel. Estou bem e tu? Adorei conhecer-te. O teu primo e a Joana tinham razão, és um rapaz espectacular. Espero repetir. Beijo".


Vou ligar para a Joana, é mesmo urgente!


Joana: Martinha! Tás fixe?


Marta: Ya Joana, mas tens que me ajudar. Não consigo tirar o Daniel da cabeça.


Joana: Calma rapariga! Pelo que me consta ele também não te consegue tirar da cabeça.


Marta: Não sejas parva, nem sequer me mandou mais nenhuma mensagem.


Joana: Deve estar com o Pedro. Sabes que quando estão os dois juntos se agarram aos jogos e pronto.


Marta: Olha obrigadinha pela ajuda. Falamos depois, beijinhos.


(In)feliz amor ♥ - Parte 2



A campainha toca, passaram pouco mais de 10 minutos. O Pedro entra e passado poucos segundos é a vez do Daniel. Sinto o meu coração palpitar. Ele cumprimenta a Joana e depois a mim. O nervosismo aumentou, o Pedro percebeu e piscou-me o olho como que a dizer para não me preocupar que vai tudo correr bem.


***


Almoçámos em casa do Pedro e agora, finalmente, vamos passear pela Expo. Já me sinto mais à vontade com o Daniel, tal como eu, ele não se cala um bocadinho. Quando acabamos uma conversa depressa arranjamos outra.

A Joana e o Pedro afastam-se um pouco para namorarem e nos deixarem a sós.

Ficamos um pouco tímidos, é a primeira vez que estamos sozinhos. O que será que pode acontecer? Trocamos olhares e sorrisos, fala-me da sua vida e confessa que não tem namorada há algum tempo.

Tenho que ir embora, quando a Joana olhar passo-lhe sinal. Não quero ir, este momento está a ser tão bom, mas tenho que chegar a casa antes da minha mãe.

sábado, 3 de dezembro de 2011

(In)feliz amor ♥ - Parte 1



Acabo de acordar, é o primeiro dia de férias. Pego no telemóvel que se encontra junto da almofada, vejo as horas, são 9h da manhã. Não quero sair da cama, estou tão quentinha aconchegada nos meus lençóis. Tenho que saltar daqui e rápido, combinei com a Joana em casa dela às 11h e ainda tenho que tomar banho e me arranjar.
É hoje o grande dia. O Pedro, o namorado da Joana, vai finalmente apresentar-me o seu primo Daniel. O Pedro e a Joana namoram há quase 2 anos. Conheceram-se por causa das minhas parvoíces e tornaram-se inseparáveis. Foi amor à primeira vista! Há coisa de 2 meses começaram os problemas cá em casa, comecei a refugiar-me na casa da Joana. Tornámo-nos as melhores amigas, agora é ela que me conhece melhor que eu me conheço a mim própria. Há umas semanas, começou com histórias que me acha muito sozinha e que preciso de uma companhia masculina para umas aventuras ou até, quem sabe, algo mais sério. De início não concordei, mas quando ela me mostrou fotografias do Daniel, mudei de ideias! Ele é tudo aquilo o que uma mulher sonha.


***


Estou quase pronta, vou mandar uma mensagem à Joana, não se vá ela esquecer de mim: "Daqui a 30 minutos estou aí. Beijo". Espero 5 minutos pela resposta, não a recebo.
Visto-me, calço-me e maquilho-me. Não posso ir de qualquer maneira, quem sabe se não vou conhecer o homem da minha vida... Apanho o autocarro e mando novamente uma mensagem à Joana a dizer que estou a chegar. Já sei que demora séculos a pentear-se e na volta desce a rua de pijama, típido dela. Quando chego já está à minha espera na paragem. Subimos a rua. Conta-me que o Pedro já chegou e que irá buscar o primo dentro de pouco tempo. Fico cada vez mais nervosa.
Entramos em casa, o Pedro está sentado no sofá a ver televisão. Levanta-se e dá-me dois beijinhos, enquanto a Joana vai trocar de roupa. O telemóvel do Pedro toca.

Pedro: É o meu primo.

Fico ainda mais nervosa. Com certeza está a pedir para o ir buscar. Oh meu deus, o coração quer saltar-me da boca pra fora.
Reconfortei-me no sofá, naquele sofá onde já passei tantos momentos com a Joana. Já vimos filmes até altas horas, chorámos a ver uns e rimos a ver outros. Já fizemos guerras de almofadas, de pipocas e até já bebemos até cairmos para o lado. A Joana está mesmo atrás de mim, frente ao espelho a maquilhar-se e a arranjar, uma vez mais, o cabelo. Tento passar despercebida, mas ela percebe que alguma coisa se passa.

Joana: Marta, não estejas tão nervosa. O Daniel é um rapaz espectacular e muito boa onda.

Marta: Ham?! Nervosa, eu?! Acho que estás um bocadinho enganada. Estou perfeitamente normal, não se nota?

Joana: Não, até porque estás com esse teu tique estúpido na perna, só o tens quando estás nervosa. E não tentes enganar-me, sou a tua melhor amiga, conheço-te melhor que ninguém.

Marta: Pronto, pronto. Estou muito nervosa, aliás, bastante! Há meses que não saiu com nenhum rapaz, Joana. O que será que o Daniel vai achar de mim? Estou uma baleia, feia, baixa, e como se não bastasse, vou corar que nem um tomate quando eles chegarem.

Joana: Esquece isso, miúda...

Princesa Matilde (L)



Minha pequenina,


sabes que quando olho para o céu me lembro de ti, não sabes? A estrela mais brilhante és tu. É quando a vejo que me lembro do teu último sorriso para mim, do teu último olhar...

Já não questiono porque partiste, assim teve que ser e ambas sabemos que aí estás melhor. Apesar de ter saudades desses olhos azuis e desses caracolinhos loiros perto de mim, não penso mais nos porquês. És mais um anjinho, minha pequenina (L)

Cá em baixo deixaste muita gente com saudades, muita gente que ainda chora ao olhar para as tuas fotografias, muita gente que chorar ao recordar o teu sorriso lindo e as tuas brincadeiras de criança.

Passou 1 ano e 8 meses, terias agora dois aninhos... Um dia a prima vai ter contigo, vamos voltar a brincar, a abraçar-nos e a estar de mãos dadas. Vou ter de novo o teu sorriso e o teu olhar e tu vais ter mais uma pessoa que te proteja, apenas mais uma...

Princesinha, continua sempre a brilhar para que te veja todas as noites. Como até agora, desde o dia 11 de Março de 2010 e como será sempre até ao dia em que me tenhas junto a ti.


Saudades, princesa Matilde (L)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011


Tenho saudades daquele irmão; aquele irmão pequenino que me dava beijinhos & abraços, que me mimava mesmo quando o mandava parar e ir embora; aquele irmão que brincava comigo & me fazia rir quando estava tristinha; aquele irmão que ria comigo até às tantas; aquele irmão que me dizia: "mana vem comigo ao colombo" ou "mana, agora estamos a andar à porrada mas daqui a nada já estamos aos beijinhos"; aquele irmão que se orgulhava da minha tatuagem, que se orgulhava quando me perguntavam quem era o Diogo e eu respondia com um brilho enorme nos olhos: "é o meu irmão" (...)
Este sim, era o meu irmão pequenino, o meu Diogo. Não conheço o novo... O novo que passa por mim e finge que não existo; o novo que me bate & insulta; o novo que me trata com desprezo e arrogância; o novo que não me chama de mana, que não ri comigo, que não me mima, que não brinca; o novo que finge que não sou irmã dele (...)
Como pôde mudar tanto de um momento para o outro?! Não compreendo. Já não conheço o meu pequeno grande Dioguinho (...)
Oh tempo volta para trás...





sexta-feira, 23 de setembro de 2011

10 # Carta para alguém que não falas tanto quanto querias


Mulher da minha vida, que é feito de ti? Onde estás? Bem, espero que bem...
Estamos juntas há dois anos e oito meses, nunca pensei que pudessemos passar por esta fase. Infelizmente o destino quis o contrário. Estamos distantes, muito mais distantes que a terra do céu. Será que ainda nutres o mesmo sentimento por mim? Será que a nossa amizade ainda é tão única e especial como sempre foi? Sinto que não, sinto que para ti sou, agora, uma simples amiga. Mais uma...
Tenho saudades de te abraçar, de receber e dar beijinhos, de sorrir a teu lado, de chorar no teu ombro, de agarrar a tua mão e assim passearmos. Tenho saudades do que fomos & tristeza pelo que somos. Sabes o que mais quero? Voltar a ter-te do meu lado, voltar a ter aquela união e aquela cumplicidade que tinhamos e que só nós sabemos o que significa.
Desculpa os erros, perdoa-me por todo o mal que te possa ter causado. Tenho a esperança que um dia tudo volte a ser o que foi, porque tu, és a pessoa mais importante da minha vida!
Amo-te, 11.Jan.2009 (L)

terça-feira, 12 de julho de 2011

7 # Carta para o teu ex-namorado/amor

2 anos & 60 dias; a duração da nossa história até hoje. Uma história que já teve muitas vírgulas, desta vez está a ter a maior de todas elas e já não estou a saber como lidar com isto. Já estivemos muito tempo afastados, mas não tanto como agora, não sei viver sem ti, sem o teu simples "Olá"... Entre nós apenas existiram juras, promessas e nunca sequer um beijo aconteceu. Contudo, tudo foi demasiado especial até ao dia em que deixámos de falar.
Entre nós sempre existiu uma cumplicidade bastante forte e um sentimento ainda maior. Por mais que neguemos e voltemos a negar, amamo-nos e a nossa amizade nunca irá acabar. Sempre foste como um irmão, sangue do meu sangue, já foste mais que isso também... Sinceramente gostava de voltar a esses tempos. Em que tudo era tão, mas tão especial... Quando me ligavas e ouvia a tua voz, o teu riso; o meu coração batia a mil à hora. Sempre que estava contigo o nervosismo apoderava-se de mim e só de olhar para ti ficava sem qualquer tipo de reacção. Passava horas e horas a chorar depois de estarmos juntos. Era um misto de sentimentos muito grande, ficavas sempre na minha cabeça, pensava no teu olhar quando se cruzava com o meu, o teu sorriso, as tuas brincadeiras estúpidas que eu amava, a tua triste ideia de me queimar com o cigarro e da minha vontade acrescida de te beijar nesse momento (...) Foram momentos e mais momentos. Tenham sido eles cara-a-cara, por telemóvel ou por internet.
Foi contigo que cresci tanto até hoje, foi contigo que aprendi, caí e voltei a levantar-me. É por ti e somente por ti que dou a minha vida (L)
Mesmo longe, não sais da minha cabeça e muito menos do meu coração.
Amor como o nosso só existiu um: o de Romeu e Julieta.

domingo, 3 de julho de 2011

6 # Carta para um estranho

Meu querido amigo, o que te levou a esta situação miserável? O que me leva a mim à mesma situação que tu?
Vives bem aí onde te encontras? Não consegues dormir todos os dias no mesmo sítio, pois não?
Um noite debaixo de umas arcadas, outra nas escadas de uma estação do metro, outra à porta de uma loja; outra noite e outra noite... Todas elas diferentes, mas no fundo todas elas iguais.
Quando chegar a essa situação, posso ficar sempre do teu lado? Podemos ser o abrigo um do outro?
Há quanto tempo não tomas banho e mudas de roupa? Há quanto tempo não comes uma boa refeição?
A tua família, procura-te? Sabe da situação em que te encontras? E se quiserem que voltes, voltas?
Como consegues suportar os olhares de lado e os comentários de nojo? Como consegues suportar a dor quando pedes uma moeda para te alimentares e te recusam?
Pessoas frias, tristes e sem coração... Vais erguer-te, mais cedo ou mais tarde, vais ser o herói aos olhos de todas essas pessoas que até hoje te recusaram uma mão amiga.
Meu querido, grande e pobre amigo, dá-me a mão para te ajudar a sair desse mundo de miséria. Entro para ele também, se assim for preciso...
Não te deixo sozinho na miséria, és humano, tens um grande coração e sentimentos reais. Não quero que faças parte desta paisagem triste de Lisboa, já fizeste parte dela tempo demais.

Meu querido amigo...

quinta-feira, 3 de março de 2011

3 # Carta para os teus pais



Hoje, com 18 anos, sinto-me Quase Feliz e Quase Realizada. Quase Feliz porque ainda tenho muitas coisas pelas quais chorar e muitas mais coisas que me deixarão ainda mais feliz. Quase Realizada porque existem muitas coisas que quero fazer até ao dia da minha partida e que me deixarão ainda Mais Realizada e ainda Mais Feliz.
Agradeço-vos a vocês, meus pais e meus avós paternos, por me terem criado até aos dias de hoje. Por me darem muitos e muitos raspanetes, até mesmo por estarem sempre a refilar comigo; mas também por me terem educado da melhor maneira que sabem e tentarem dar-me uma vida melhor do que a que vocês tiveram.
A ti mãe, um grande obrigada por permitires que a nossa relação melhore. Tal como já disse, penso e continuo a pensar, parece que foi preciso passar uma das piores fases destes meus 18 anos para que me compreendesses e desses mais uma oportunidade à nossa relação de mãe e filha. Obrigada por teres estado do meu lado nessa altura e também em todas as outras más fases que já passei até agora, e ambas sabemos bem do que falo.
A ti pai, é verdade que a nossa relação de pai e filha já teve piores dias que os de hoje, mas não posso dizer que agora é a melhor, porque não. Continuamos a chocar muito um com o outro, continuo a não aceitar algumas coisas "em ti" tal como tu continuas a não aceitar algumas coisas "em mim". Bem, pode até ser normal, sinceramente não sei e não faço intenções de saber. Mas obrigada por haver alturas em que és realmente meu amigo e me compreendes, alturas em que posso realmente ter orgulho em te chamar pai.
A vocês, meus queridos e velhinhos avós, obrigada especialmente a vocês por me derem dado tudo o que tenho hoje, por me terem criado e por terem feito de mim aquilo que sou hoje. Se realmente sou o que sou, devo-o a vocês, muito obrigada! Passaram 18 anos e hoje que já não vivo debaixo do mesmo tecto que os dois, arrependo-me imenso por todas as vezes em que não fui correcta com ambos, por não vos ter tratado da maneira que mereciam... Arrependo-me mesmo muito e peço imensas desculpas por isso. Um dia ainda quero ser motivo do vosso orgulho, tal como o meu pequenote.
Por vocês seria capaz de dar a minha vida e tudo mais que fosse preciso, são mais que avós, são pais.

Aos quatro, amo-vos do fundo do meu coração e embora não tenha sido a pessoa mais correcta até aos dias de hoje e não ser aquilo que gostariam que fosse, esforço-me para que não vos desiluda mais do que já desiludi até hoje. Desculpem-me por todos os meus erros, por todas as mágoas e desgostos, por vos ter feito sofrer e chorar tantas vezes...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

João C. ♥

Lembraste quando hoje vieste ter comigo e simplesmente me abraçaste? Lembraste o que te disse? "Parece que adivinhaste que estava a precisar de um abraço teu!" Mesmo sem perceberes uma lágrima rolou na minha face, mesmo sem dares por nada vens ter comigo sempre nas alturas mais críticas.
Devo-te um grande obrigada por tudo o que tens sido até aos dias de hoje, pelos bons momentos, e mesmo pelos maus também. Porque desses tirámos a maior lição de todas: um sem o outro não conseguimos (sobre)viver! Obrigada acima de tudo por todos os abraços e beijinhos que me dás quando o dia não me está a correr bem ou outra coisa me está a deixar mais em baixo. Mesmo sem te dizer alguma coisa, vens ter comigo. É quase como se tivesses o dom de ler os meus pensamentos ou o dom de pressentir que preciso de ti, que preciso do teu carinho e do teu apoio.
Lembro-me quando no início do ano quis desistir do curso, fizeste-me prometer que não desistia por ti. Prometi e cumpri, tal como tu também o fizeste. Depois veio uma fase "menos boa", ajudei-te a ti e a uma certa pessoa que ambos pensávamos ser uma das melhores pessoas. Enfim, é relativo, passemos à frente...Ajudei-te sim porque gosto imenso de ti e te queria ver feliz, como quero ver sempre, sabes bem disso. Afastámo-nos bastante, não sei bem porquê, havia alturas que me sentia mesmo a mais e deslocada dali, como uma carta fora do baralho. Chorei muito por sentir que te estava a perder, todos os dias eram um enorme sacríficio. Já não tinha os teus abraços e beijinhos, já não passeava agarrada a ti, como naquela manhã que te fui levar ao trabalho... enfim, foi uma fase muito má e da qual, sinceramente, pensei que não iriamos sair.
Mas, no último dia de aulas tive de novo o teu abraço e o teu beijinho. Foi coisa pouca, as feridas ainda eram recentes e não deu tempo para recuperar o tempo perdido, fiquei surpreendida sim, mas não criei demasiadas expectativas. Até que, uns dias depois das aulas terem começado, fui pela primeira vez à escola (acompanhada pela minha tia) e quando tu me viste, sorriste e abraçaste-me. Ficámos assim por alguns instantes! Sabes como me senti naquele momento? Melhor que nunca. Numa das piores fases da minha vida tu "regressas-te", surpreendeste-me e conseguiste fazer-me sorrir. O que nas duas semanas anteriores era algo impossível, já que só conseguia mesmo chorar.
Vi ali uma nova força para lutar, custou mas soltei os braços e ergui a cabeça. Foste a razão mais forte de todas para isso tudo! Quando às vezes acordo e penso:" Fogo, hoje não me apetece ir à escola. Vou ficar em casa.", penso em ti, dá-me um novo alento para me levantar e ir. Porque sei que no momento em que me vires irei ter o teu abraço.
A nossa amizade é assim mesmo. Algo que não se consegue explicar e que também ninguém consegue estragar nem separar. Já tivemos uma boa prova disso, serviu para vermos o quanto somos importantes um para o outro e o significado que ambos temos na vida um do outro.
Juro-te que sem ti já não seria realmente nada, és uma das poucas pessoas por quem sou capaz de fazer tudo e até dar a minha vida se for preciso. Sim, às vezes fico magoada com algumas coisas. Algumas das quais tens culpa e outras das quais não tens culpa nenhuma e pelas quais te peço desculpa por ter a merda de feitio que tenho.
O teu lugar nunca ninguém vai substituir nem ocupar, és tu o único que ocupa aquele lugarzinho no meu coração!
Orgulho-me de ti por seres o rapaz que és. Forte, lutador, corajoso, lindo, sincero (...) sem dúvida alguma, o melhor amigo do mundo! O meu melhor amigo, o meu tudo!
Meu João, a melhor amiga está sempre aqui para te ajudar e apoiar. Para te abraçar quando precisares também, não para te limpar as lágrimas mas sim para não tas deixar cair ou chorar contigo, partilhar brincadeiras, sorrisos, olhares e cumplicidades.
Vou cá estar mesmo quando não deres por mim, mesmo que esteja o mais distante possível, o mais ausente... para ti estou disponível 24 horas por dia, 24 horas por noite, o que quer que seja...

Amo-te melhor amigo, és o meu maior orgulho @
2 meses (L)