sexta-feira, 26 de maio de 2017

II. Qualquer coisa.. da minha vida.



23h30, missão cumprida!
Dormi até às 15h30, uma das melhores coisas da vida!
18h30, começou mais um dia de aulas.
Mais um dia de luta por mim e pelo meu futuro.
Já viste como as coisas mudam, avô? Pensei eu algum dia voltar a estudar, pensaste que alguma vez o fizesse? Quando menos esperamos tudo muda, é verdade. Ambos sabemos que nunca fui de ficar parada, gosto sempre de mais e melhor. E olha, aqui estou eu! Vêm aí chapadas de luvas brancas, dores de cotovelo, invejas.. Ah!, que se foda! Eu gosto é disso. Gosto que engulam em seco por me verem chegar onde nunca disseram que chegaria. Ao fim de 24 anos, sei que ainda tenho muito que viver e crescer, mas posso dizer que me sinto orgulhosa por lutar sempre e, aos poucos e poucos, conseguir tudo o que quero e ambiciono.
A minha natureza é essa, lutadora e desistir nunca fez parte do meu dicionário. Sempre me ensinaste a isso, e ai de mim que ficasse quieta e parada! Obrigada por isso. Obrigada também pela menina-mulher em que me ajudaste a tornar. Vou dever-te isso a vida toda! Obrigada por teres sido o exemplo de Homem toda a vida, aquele a quem realmente posso chamar de Pai.
Hoje fico por aqui. Estou cansada e amanhã lá vou eu para mais uma manhã, aff!, ninguém merece!

Boa noite,
três beijos. *

I. Qualquer coisa.. da minha vida.


Até hoje, nenhum filme mexeu tanto comigo. Nunca nenhum filme me fez chorar do principio ao fim. Lembrou-me de boas e más recordações. Lembrou-me do meu irmão, não trocamos uma palavra há mais de 3/4 meses. Lembro-me do quanto já fomos unidos, do quanto vivemos, em tempos, como bons irmão, da cumplicidade que tivemos. E, magoou-me pelo que somos agora. Ou, pelo que não somos..
Recordou-me o meu avô, o meu querido avô.. o que sofri por ele, o medo terrível que, desde que soube da sua doença, tinha de acordar e não o ouvir respirar. Mas que ser humano merece passar por aquela merda de doença? Que merda é aquela que leva tanta gente? E as saudades que ficam.. o que fazemos com elas? Sou sincera, sempre pensei que com o passar do tempo a dor e a saudade diminuíssem, mas mentiu quem sempre me tentou convencer disso. É uma dor constante, as lágrimas que mais doem quando caem.
Confesso, sinto-me super triste neste fim de noite. São dores que só eu entendo, que só eu sinto e que, sei que raras pessoas compreendem.
Com o meu irmão, tenho a esperança que acorde um dia e pense pela cabeça dele. Como sempre lhe disse, no final seremos apenas os dois que restamos.
Com o meu avô.. sinto-o todos os dias comigo.
Todos os dias são uma batalha para disfarçar o que sinto, mas hoje não quero esconder. Hoje não quero sorrir somente para evitar as tão típicas perguntas do "que se passa?". Hoje não quero ser forte, sinto-me carregada de saudades.
Com isto, aconselho-vos vivamente a verem este filme. Ajuda-nos a pensar e a refletir, talvez até a mudar certas coisas na vida.

Boa noite! *