terça-feira, 27 de abril de 2010

é (im)possível!

Sinto-me a cair a cada passo que dou, sinto-me cada vez mais no fundo de um poço sem fim.
Caminho na areia, os meus passos ficam marcados. Mas tão depressa são apagados, tão depressa alguém se esquece de mim. E eu continuo a guardar esse alguém dentro do meu peito, relembrando-o como nunca relembrei.
Será tão fácil esquecer as coisas passadas sem sequer olhar para trás e sentir saudades? Acho (im)possível, tal como é (im)possível apagar o brilho de uma estrela.
Todos sabemos que as recordações ficam no mais profundo da memória, no mais profundo do nosso coração. E será que concordam comigo?
Passemos à frente, não há ninguém que mereça as nossas lágrimas.

Mais uma vez os meus passos ficam marcados na areia, mas mais uma vez são apagados, tal como um dia o fui da memória de alguém.
Vejo o pôr-do-sol, e ao vê-lo desaparecer também a mim me apetece fazer o mesmo. Não me perguntem porquê, a única certeza que tenho é que me sinto a caminhar num chão sem terra firme.
A cada passo que dou sinto-me mais perdida. E tal como alguém me apagou da sua memória e não faz caso do que sinto, também eu a vou apagando da minha, sem dúvidas e porquês, sem lágrimas e ressentimentos.

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