segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 16


A Joana chegou. Abro-lhe a porta, ela entra. Agarro-me a ela a chorar. A única reacção que a Joana tem é abraçar-me e dizer-me baixinho ao ouvido: "estou aqui".
Depois de uns 5 minutos, sem exagero, abraçada a ela a chorar, ela afasta-me e pergunta-me o que se passa. Não sou capaz de lhe contar, passo-lhe a carta para a mão e agarro-me a uma almofada. Não consigo parar de chorar, preciso do Daniel aqui comigo.
A Joana acabou de ler. Olha para mim, abraça-me e diz:
Joana: Princesa, não fiques assim. O Daniel fez isso porque gosta de ti, se calhar não iria saber lidar com a situação se te contasse pessoalmente.
Marta: Mas eu precisava de saber, Joana. Tinha esse direito, e ele... ele mentiu-me e enganou-me.
Joana: Marta, esta situação toda também não deve estar a ser fácil para ele. Pensa: os pais separaram-se, muda de cidade, fica longe dos amigos e da rapariga que gosta. Achas que ele está bem neste momento? Se queres que seja sincera, acredito que esteja tão mal quanto tu. Por isso, miúda pega no telefone e liga-lhe ou manda-lhe uma mensagem. Vocês gostam um do outro, não há-de ser a distância a estragar tudo.
Marta: Não Joana, não sou capaz. Sinto-me enganada, traída, gozada... nem sei.
Joana: Deixa-te de disparates, liga-lhe. Eu estou aqui ao teu lado!
Dá-me o telemóvel para a mão e "obriga-me" a ligar ao Daniel. Vou à lista telefónica, selecciono o contacto dele e ponho a chamar. Chama durante quase um minuto, não atende. Desligo e choro ainda mais.
Marta: Nem me atende o telefone, já não quer saber de mim, estás a ver...
Joana: Marta, pára de chorar e de dizer disparates! Se não te acalmas dou-te uma caixa de comprimidos, pode ser que fiques mais calma.
Marta: Olha Joana, vai-te embora se faz favor.
Joana: Não vou embora enquanto não estiveres melhor.
Levanto-me e abro-lhe a porta.
Marta: Joana, sai por favor.
Joana: Liga-me quando deixares de ser parva.
E sai.

Sem comentários:

Enviar um comentário