terça-feira, 11 de setembro de 2012

merda .


Escrevo e não sei bem porquê, nem sei sobre o que escrever. Escrevo porque me apetece, porque ao contrário das pessoas, o papel não me pode julgar. Escrevo porque tenho um coração de merda, partido em mil pedaços e sem alguma cola milagrosa que junte novamente os seus cacos. Escrevo porque me sinto num farrapo, completamente destruída por dentro e sem algo ou alguém a que me agarrar. Ok, chama-me parva, idiota, exagerada (...) tudo o que tu quiseres. O que achas sobre mim não me interessa minimamente, sabias? Estou mesmo a escrever à toa, porque isto está a ficar uma grande MERDA! Por muito que queira falar e deitar tudo cá para fora, não dá. As palavras não saem, e as lágrimas estão quase secas. É complicado? Talvez. Mas já estou habituada a isso, a minha vida não passa de um conto de falhas! Dia após dia vou desistindo, em silêncio para ninguém perceber. Apesar de, lá no fundo, alguém estar a ver. E é triste, porque quem está a assistir não passa de alguém tão pouco próximo de mim. Sim, porque quem é mais próximo não percebe mesmo que faça um desenho. Enfim, sentimentos e tudo o que mexe com eles é uma merda! Gostava de ter um coração feito de pedra. Não dói, não sente, não sofre, não parte! Será que posso fazer uma operação e meter um assim cá dentro? Era tudo tão melhor. Tenho a certeza que seria muito mais feliz do que estou neste momento. É verdade que a tristeza e a dor não permanecem para sempre, mas enquanto cá estão doem que se farta. Nasci de carne e dela sou feita, não de ferro, caramba! Quando era pequenina queria crescer depressa, agora dava tudo para voltar à minha infância. Pelo menos era mais feliz, não tinha problemas, nem complicações. As amizades era todas lindas e perfeitas, e os rapazes eram como príncipes. Hoje, as amizades verdadeiras são poucas e os rapazes largam quem os amam para ficarem com quem os engana. É fudido, não é? Foda-se, continuo a escrever coisas que não têm sentido nenhum, mas está realmente a acalmar-me. E para acalmar ainda mais adoraria que alguma alma caridosa me oferecesse um cigarro. Fumar mata? E depois? Achas que estou preocupada com isso? Deixa lá o meu vício! Quando morrer vou deitada, e pouca ou mesmo nenhuma gente irá sentir a minha falta. Caga, não quero nem pensar nisso! Que se foda quem não está comigo, que se foda quem não me fala ou que fala só quando não tem mais ninguém com quem o fazer! Que se fodam os sentimentos e o coração partido! Que se foda tudo! Dia de merda, meu.

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