quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Again (...)


Lá vou eu escrever mais uma vez, novamente sem saber muito bem o quê. Talvez por ter tantas saudades tuas que se torna cada vez mais difícil lidar com isso. Talvez por a minha vida cá em casa estar um verdadeiro inferno. Talvez por não conseguir arranjar trabalho e já não saber por onde me virar. São mais as vezes que passo com lágrimas na cara do que com sorrisos. É triste, mas é verdade. Nada andava fácil, mas desde o momento que me deixaste, tornou-se tudo muito pior. É do género: "vou ser forte, vou seguir em frente", e vem mais uma merdinha e lá vou eu novamente parar ao meio do chão. Não te culpo por tudo, não tens a mínima culpa de a minha vida ser uma merda, mas culpo-te por quase tudo. Sabias perfeitamente o que eras para mim, tudo o que fiz e tudo o que era capaz de fazer por ti e, sobretudo, por NÓS. E mesmo assim deixaste-me, sem dó nem piedade. Ok, é certo que me fazes muita falta e que há dias que quase arranco o coração do peito só para não a sentir. Mas também é certo que quem perdeu foste tu e não eu! Que um dia, quem se irá arrepender por tudo serás tu, e nesse momento, darás tudo para falar comigo, para que tudo volte ao que era antes. Garanto-te que nessa altura, por mais que me doa e me custe, quem não vai querer sou eu. Custa dizê-lo, mas é a vida! Injusta, lembra-te disso! É verdade, deixei de ter pena de mim por te ter perdido, passei a ter pena de ti por me teres perdido a mim. Sabes qual é uma das coisas que me custa mais no meio disto tudo? Perdi um amigo. Ambos perdemos toda a cumplicidade que tivemos um dia, e por mais que tentemos, nada irá ser igual. As circunstâncias separam-nos mais rapidamente do que queria, mas como tu queres. Custa-me depois de cada discussão cá em casa não te ter do meu lado, a apoiar-me e dar-me força. Sempre foste a única pessoa que me fazia sorrir depois disso, agora não estás cá. Tenho que lidar com isso sozinha e custa, custa muito, porra! Sei que estás feliz, e gosto de te ver assim. Apesar de não ser comigo e de me teres excluído da tua vida, coisa que nunca pensei que fizesses. As pessoas que nos desiludem são aquelas de quem mais gostamos, é fudido. Mas agora, não precisas de te preocupar, não voltarei a ser um incómodo na tua vida. Se precisares de mim e me procurares, muito bem, cá estarei. Mas não vai ser para sempre, um dia também me vou cansar. Lembra-te: sou a rapariga que mais te ama, e um dia tu vais entender.

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