quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

(In)feliz amor ♥ - Parte 22



Pedro: Até que enfim, miúda. Já estava a pensar que tinha que te ir buscar de arrastão.

Sorriu-lhe cinicamente e dirijo-me ao Daniel. Dou-lhe um beijo na cara, mas ao virar-me de costas, ele agarra-me e vira-me novamente, dá-me um beijo. Tinha saudades destes beijos, saudades deste toque, saudades deste cheiro...

Afasto-me dele e sento-me no sofá ao lado da Joana, deixando o Pedro e o Daniel no mesmo sofá. Vejo que a Joana e o Pedro trocam olhares, até que o Pedro diz:

Pedro: Bem, nós vamos lá abaixo comprar qualquer coisa para o almoço. Deixem-se estar, não demoramos.

Nisto a Joana levanta-se e saem os dois. Fico sozinha com o Daniel, sinto-me tão ou quanto nervosa como no primeiro dia que estivemos juntos. Não sei o que dizer, não sei para onde olhar, neste momento não sei nada de nada. Depois de alguns minutos de silêncio, o Daniel decide quebrá-lo.

Daniel: Princesa, como sinto a tua falta...

Senta-se ao meu lado e abraça-me. Não consigo mantér-me frio, sedo...

Marta: Também sinto muito a tua falta, Daniel. Mas porque me fizeste isto? Porque não foste logo sincero comigo? É que... nem cara-a-cara me contaste.

Daniel: Desculpa meu amor, não estava suficientemente forte para o fazer. Não suportava a ideia de não te puder ver todos os dias, de não te puder beijar e abraçar todos os dias.

Marta: E preferiste magoar-me, preferiste deixar-me a chorar sabendo que não estarias cá para me confortar.

As lágrimas começaram a cair-me, já não sou forte.

Daniel: Desculpa... estou aqui também porque te quero dar uma notícia.

Marta: Mais uma bomba...

Daniel: Sabes, estes poucos dias longe de ti fizeram-me pensar em muita coisa. Sei que longe de ti e desta cidade não vou conseguir ser o mesmo Daniel que sempre fui, mas sei que tu me vais ajudar e que um dia vou estar de novo aqui, ao teu lado, mas dessa vez para sempre. Vou tentar vir a Lisboa todos os fins-de-semana, e todas as férias serão passadas contigo. Prometo, Marta! Gosto mesmo de ti, não vou deixar que a distância nos separe.

As lágrimas continuam a cair, cada vez mais e mais e com mais intensidade.

Marta: Também gosto de ti, Daniel. Mas tenho medo desta distância, tenho medo que arranjes outra, que me traias e mintas, tenho medo de tudo...

Daniel: Meu amor, não te vou deixar nunca! És a mulher da minha vida, e não quero saber se é cedo demais para o dizer ou não, que se lixe! É o que sinto, por isso.

Não digo nada, abraço-o. Assim ficamos durante alguns segundos. Sinto-me bem, é este o meu Daniel, é deste Daniel que gosto.

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